As escolas de samba de Salvador se originaram das antigas batucadas (desfiles em fila indiana) e charangas. Elas tiveram um período áureo, entre os anos 60 e 70, em parte graças aos marinheiros e fuzileiros navais baianos que serviram no Rio e trouxeram para cá as técnicas e truques usados nas escolas cariocas. Os desfiles eram realizados entre o Campo Grande e a Praça da Sé ou a Praça Municipal, onde era instalado um palanque para elas se apresentarem para os jurados. A falta de estrutura das agremiações, o advento do trio elétrico, com som mais potente, e a decisão do presidente da Diplomata de Amaralina, João Pinheiro do Amaral, de pagar para tirar os melhores componentes das adversárias, são apontados pelos especialistas como os principais fatores do declínio.
Em sua fase áurea, existiam 14 escolas, divididas em dois grupos. Nenhum dos entrevistados consegue lembrar o nome de todas, ainda mais que os poucos registros existentes estão espalhados e pouco preservados – parte deles está na Lira do Samba, aguardando finalização de catalogação feita por alunos da Faculdade Social. Eis a relação das principais agremiações da época e as suas cores originais, segundo Alaor Macedo e seus parceiros.
Vade retro, mulambada*
Há 9 anos
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