
Vadinho França, presidente do bloco de samba Alvorada, o mais antigo da Bahia – “Alaor fez o mesmo caminho que Tia Ciata e voltou para lutar pelo samba. Ele é um bom compositor, tem experiência e uma grande virtude: faz tudo com paciência. Seu projeto de revitalizar os desfiles das escolas de samba merece atenção. O carnaval da Bahia tem lugar para todo mundo”.
Mazé, diretora do Centro Cultural Nélson Rufino, professora de artes e cantora – “Ele tem condições de dar o pontapé inicial do processo de recuperação das escolas, que fazem falta no carnaval. É o sonho da vida dele que está dando esperança para os outros”.
João Barroso, ex-presidente da Juventude do Garcia – “Os planos de Alaor não são impossíveis. Reconheço a boa vontade e intenção dele. E como pessoa dedicada ao samba, não posso deixar de estar a favor. A volta das escolas proporcionaria mais diversidade ao carnaval baiano, mas é preciso discutir de que forma isso ocorrerá. Seria mais fácil retornar com as antigas escolas ou criar novas? Qual a estrutura necessária para isso? Como despertar o apoio da iniciativa privada? Outra questão importante: a juventude baiana não tem cultura de escola de samba. Seria necessário implantá-la, quem sabe com a ajuda das secretarias de educação. Por fim, os governos municipal e estadual precisam mostrar interesse efetivo, em vez de só acenar com promessas.
Nelson Rufino, cantor, compositor e presidente do bloco de samba Amor e Paixão – “As escolas fizeram parte de uma época em que transformamos a paixão pelas escolas de samba do Rio em um movimento digno, que revelou grandes compositores e artistas. Acho que para voltarem é preciso catequisar os jovens baianos, que encaram as escolas como uma grande cultura carioca. Acredito que seria mais fácil investir numa única escola, a superseleção do samba , com alas formadas por remanescentes das antigas agremiações. Também investiria nos concursos de samba-enredo, que poderiam culminar na fusão de dois ou três composições num único samba-enredo a ser apresentado na avenida. Desse movimento, eu participaria”
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